Ser direito não quer dizer ser de direita

Ser direito não quer dizer ser de direita

Há tempos estamos acompanhando pelas redes sociais e nas ruas o recrudescimento de um discurso de ódio, no qual as pessoas manifestam seus sentimentos e suas opiniões com intensa agressividade contra seus semelhantes. Suponho, embora não justifique, que reações exacerbadas venham em boa parte pela desilusão e falta de perspectivas dos jovens com relação ao futuro do Brasil, mas infelizmente, escancara a falta de educação e de conhecimentos básicos a respeito da História e dos princípios elementares de Cidadania.

Estamos enojados!

Em momentos de turbulência, a sociedade precisa mostrar a sua cara. Um dos equívocos mais primários é atribuir a pecha de “fascista”, “nazista” ou “extrema direita” aos que defendem a aplicação da ordem e progresso e das normas legais. Se estivéssemos em uma sociedade civilizada, na qual os governos cumprissem os preceitos básicos na defesa dos cidadãos, como o direito à livre inciativa para todos, por exemplo, não haveria a necessidade da Polícia ou do Exército agirem com rigor contra aqueles que insistem em burlar as leis.

Dias atrás, o Brasil ficou escandalizado com o caso ocorrido em Santa Catarina, quando uma professora foi criminosamente agredida por um aluno de 15 anos, que continua solto e sequer deve responder pelo seu ato. Alguém, em sã consciência, consegue imaginar um descalabro como esse nos Estados Unidos ou em algum país avançado?

Países como Dinamarca, Finlândia, Suécia, Noruega, entre outros, adotam um modelo rigoroso de responsabilidade penal juvenil, que pode começar aos 14 anos, como é o caso da Alemanha. No entanto, no Brasil, quem ousar em pedir a punição do jovem delinquente será rotulado como sendo de “extrema direita”. No máximo, ficará internado pouco tempo em alguma instituição e logo estará de volta às ruas. Uma total inversão de valores, que glamouriza e vitimiza o criminoso em detrimento dos cidadãos que trabalham, pagam seus impostos e buscam ser extremamente corretos em suas ações.

Casos como o de Santa Catarina comprovam a precariedade do modelo de ensino público e a desestruturação da célula familiar, que é a base de formação dos indivíduos. No caso da Educação, há propostas, mas faltam governantes dispostos a enfrentar o desafio. Uma solução poderia vir pela formação de parcerias público-privadas, no intuito de fornecer sistemas de ensino de qualidade com uma gestão eficiente e metodologias inovadoras. A Prefeitura de Belo Horizonte já tem uma experiência nesse sentido com a empresa Inova BH, cuja remuneração e avaliação seguem critérios internacionais de qualidade.

O Brasil só irá mudar quando os cidadãos souberem lutar por seus direitos e assumirem suas responsabilidades. Hoje temos uma geração apática e desmotivada, mas o amanhã pode ser diferente. A escola nada mais é do que a continuidade dos valores éticos e morais que se aprendem dentro dos lares.

É preciso acabar com a natalidade irresponsável. O Estado, a iniciativa privada, enfim, a sociedade não pode arcar com o alto custo de atos impensados, inconsequentes e sem juízo que acabam comprometendo de maneira significativa o orçamento, o planejamento, a educação e os valores do país que sem condições de administrar, acaba gerando a criminalidade e a impunidade.

O amor à pátria e os bons costumes começam por cada um de nós dando o exemplo.